Entrevista a Armindo Romão

“O sucesso da Auto Delta deve-se aos seus colaboradores”

 

A Auto Delta está prestes a completar 30 anos. Quais são as grandes diferenças que encontra entre a empresa que começou com dois empregados e a actual?

É uma diferença enorme. Na altura era apenas necessário ter material para distribuir, pois era o cliente que procurava o fornecedor. Hoje, por imposição do mercado, há mais oferta e menos procura; temos de ser nós a procurar o cliente, o que não acontecia há 30 anos atrás. Assistiu-se a uma grande evolução na Auto Delta, que deixou de vender a retalho, para ser uma empresa grossista. Tudo mudou e para melhor, apesar de haver uma concorrência muito forte. Actualmente a empresa caminha em direcção ao futuro, tendo de ser os nossos filhos a dar continuidade ao nosso trabalho.

Esta empresa foi-se adaptando ao longo dos anos?

Sim, pois foi capaz de apostar sempre em novas tecnologias, por forma a poder cumprir com as normas comunitárias, resultantes da integração de Portugal na União Europeia.

Como é o relacionamento com o cliente?

Há que dizer que quase todos os funcionários foram formados na empresa, o que ajuda ao relacionamento com o cliente. Há muitos clientes que nos têm sido fiéis ao longo de todos estes anos, o que me leva a afirmar que, quer da parte dos nossos colaboradores, quer do cliente em si, não existe razão de queixa.

Essa relação com os colaboradores também ajuda a ter um certo ambiente familiar na empresa...

Sim, com toda a certeza. A Auto Delta funciona quase como uma família. Aquilo que a empresa é hoje em dia, deve-o não só aos seus clientes, mas de igual forma aos colaboradores que a acompanharam ao longo dos anos.

Como foram os primeiros tempos da empresa?

Difíceis. Nos anos a seguir à revolução de 1974 havia falta de acessórios para automóveis no mercado, dadas as restrições às importações. Eram necessárias aberturas de crédito bancário para as empresas poderem importar produtos. Mas, felizmente, conseguimos ultrapassar todas essas contrariedades. A empresa foi evoluindo, quer a nível de quadro de pessoal, quer na gama de material. Trabalhamos com fabricantes de acessórios de primeiro equipamento, podendo assim oferecer material com qualidade e com garantia.

Essa é uma das principais vantagens da Auto Delta?

Sim, pois hoje em dia a mão-de-obra a nível de substituição de peças é cara, sendo contraproducente apostar em material que não ofereça qualidade e garantia. O cliente é cada vez mais exigente, e nós temos de nos adaptar ao mercado.

Quais são as grandes diferenças que encontra entre o início da empresa e o momento actual?

A conjuntura económica era diferente. O esforço era muito maior. Hoje, a dificuldade é sem dúvida a concorrência.

Ao longo dos últimos 30 anos também foram aumentado a área de abrangência...

A firma começou apenas tendo como mercado a zona de Leiria. Ao longo dos anos vimos esse mercado ser alargado, contando actualmente com cerca de 600 clientes espalhados a nível nacional (razão pela qual foi necessário colocar vendedores de norte a sul do país), bem como clientes em diversos países africanos, nomeadamente os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP’s). Contudo, há outros países para onde a Auto Delta poderá exportar os seus produtos, nomeadamente na Europa.

A abertura das novas instalações foi um passo fundamental na vida da Auto Delta?

As novas instalações têm aproximadamente onze anos e foram, realmente, um passo importante na vida da empresa. Até porque estávamos numa área de 500 m2, que contrastam bem com os actuais 2300 m2, onde dispomos de todas as condições para funcionar, incluindo uma secção de embalagem que faz a expedição de mercadorias três vezes ao dia, para todo o país. Também a nível administrativo as nossas condições melhoraram significativamente, através da criação de áreas próprias para os mais diversos serviços e que suprem todas as nossas necessidades a esse nível.

E ao nível da qualidade de serviço?

A qualidade melhorou muito. O espaço era muito pequeno e, muitas vezes, não tínhamos condições de trabalho. Hoje em dia, um camião chega às nossas instalações com uma carga de três ou quatro toneladas e em 20 minutos está preparado para sair.

E para quando a certificação de qualidade?

Ainda durante o ano de 2007 vamos dar início ao processo de certificação de qualidade, por forma a demonstrar ao cliente que somos uma empresa vocacionada para o futuro e queremos a integração no lote das empresas que estão certificadas, quer a nível nacional quer a nível internacional.

Que projectos têm em mão para o futuro?

O principal é que os meus filhos dêem seguimento ao meu trabalho e ao da minha mulher. Eles já se encontram plenamente integrados e creio que poderão fazer algo de significativo pela empresa no futuro.

O que significa para si estar na empresa há 30 anos?

Para mim, atingir a meta dos 30 anos é importante, porque nunca pensei chegar a esta data com a evolução e o reconhecimento que esta empresa já tem no mercado. Chegar aqui, com a ajuda da minha mulher, que sempre esteve ao meu lado, é realmente uma vitória. Tenho igualmente de agradecer à equipa de colaboradores que demonstraram, ao longo dos anos, ser pessoas leais e dedicadas, chegando inclusive a sacrificar-se em prol da empresa. Afinal, parte do sucesso da Auto Delta deve-se a eles.

Para finalizar, como encara a relação da Auto Delta com os seus fornecedores, em especial com a Mahle?

A partir do momento em que a Auto Delta iniciou a actividade de importação fizemos questão em manter uma relação tão cordial e profissional quanto nos fosse possível com todos os nossos fornecedores. Tenho a felicidade de poder afirmar que a relação com a Mahle, iniciada em Janeiro de 1998, sempre se pautou por algo mais que isso: o empenho e dedicação que transmitem em todas as vertentes do negócio permitem que nos orgulhemos de fazer parte da “família Mahle”. E, claro, o facto de saber que estamos a trabalhar com a marca líder do mercado português (bem como uma das mais representada no primeiro equipamento) confere outra segurança a prestígio ao nosso negócio.

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